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Saiba como a Selic impacta a sua vida!

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    Você Investimento
  • 7 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura

Ela influencia no quanto pagamos nos empréstimos e financiamentos, no quanto ganhamos com os investimentos e até no nosso consumo porque ela também ajuda a controlar a inflação!

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A Selic é a taxa básica de juros da Economia Brasileira. É o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a alta nos preços, ou seja, a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do nosso país, tais como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e dos investimentos.

E quem define a Selic?

O Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Esse Comitê é composto pelo Presidente e pelos Diretores do Banco Central que se reúnem a cada 45 dias para definir os rumos da Selic.

E qual é o objetivo do Banco Central quando ele mexe na taxa de juros?

A taxa de juros é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. E essa preocupação com a inflação é legítima porque o Brasil já experimentou um período inflacionário muito grave. Vamos lembrar da hiperinflação que durou cerca de uma década, dos anos 1980 a 1990, quando a alta dos preços chegou a superar os 80% em um único mês.


E o que ajudou essa situação a melhorar?


Em 1999 foi instituído o sistema de metas de inflação a partir do Decreto 3.088, de 21 de junho de 1999. Desde então, o Copom busca manter a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).


O Copom, para tanto, estipula uma meta para a Selic e essa taxa é chamada de Selic Meta, é aquela sobre a qual mais ouvimos falar no noticiário. Ela serve como um norteador para as outras taxas do mercado e, na prática, o Banco Central utiliza diversas estratégias para ajustar essas taxas para o patamar da Selic Meta.


Vale pontuar que a Selic Meta é uma taxa "combinada" e não efetiva. Há também a Selic Over, essa sim é uma taxa efetiva, real, resultado de operações interbancárias com lastro em títulos públicos federais. Essa taxa é muito próxima da Selic Meta e, quando elas estão se distanciando em seus valores, o Banco Central pode atuar no mercado a fim de deixá-las com percentuais próximos. Essas operações ocorrem em um sistema também chamado de Selic, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Esse processo é complexo e esta é só uma explicação bem geral, simples, para você saber que existe a Selic Meta a Selic Over e o Sistema Selic.


Mas, hoje, vamos nos concentrar na Selic Meta porque é a partir dela que os outros desdobramentos irão acontecer.

O Banco Central sobe e desce a Selic para controlar a inflação. Isso já sabemos. Mas com base em quê o Banco Central decide elevar ou diminuir essa taxa?

Quando o país começa a crescer muito as pessoas começam a comprar, consumir bastante, isso leva as empresas a subirem os preços porque a demanda por serviços e produtos se torna maior do que a capacidade de produção dessa empresas. Então, o Banco Central sobe um pouco a taxa de juros para diminuir o consumo e, com isso, ajustar a inflação na meta. E, por outro lado, quando a demanda está baixa, a inflação tende a cair e, nessa situação, o Banco Central diminui a taxa de juros para estimular o consumo, a atividade econômica.


A ideia é que uma inflação baixa, estável e previsível ajuda a economia a crescer mais, pois as pessoas podem planejar melhor o seu futuro e as famílias não têm o poder de compra corroído pela inflação.

E como, na prática, o movimento de alta e de queda da Selic impacta no nosso dia a dia?

Quando o Banco Central altera a meta para a taxa Selic, a rentabilidade dos títulos indexados a ela também muda. Esse é o caso do Tesouro Selic! Pois é o custo de captação do banco também se altera.


Portanto, uma redução da taxa Selic diminui o custo de captação dos bancos, que tendem a emprestar a juros mais baratos.


Se a Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos, cartões de crédito, empréstimos e cheque especial ficam mais altos.


Se você já comparou os juros dos empréstimos com a Selic, você já constatou que as taxas dos empréstimos são sempre muito maiores!

E a partir disso surge uma pergunta muito comum. Por que as taxas dos bancos são tão diferentes da Selic?


Sim! Elas apresentam uma diferença significativa. A essa diferença damos o nome de spread bancário, definido como: a diferença entre a taxa cobrada nos empréstimos e a taxa de juros ofertada aos investidores.


Simplificando o processo funciona assim, o banco capta dinheiro das pessoas que estão investindo, ou seja, as pessoas investem os seus recursos e, em troca recebem um ganho que equivale à taxa Selic. O banco, portanto, partindo do recurso captado das aplicações, empresta dinheiro cobrando um juro que leva em consideração:

  • O volume disponível para emprestar. Quanto mais dinheiro o banco tiver para emprestar, provavelmente menores serão as taxas. Do contrário, o banco poderá exigir uma taxa maior;

  • O risco desse empréstimo não ser pago, a taxa de inadimplência;

  • Despesas administrativas com a operação;

  • E o lucro almejado pelo banco.

Pensando agora pelo lado dos investimentos, uma alta ou uma queda da Selic também irá influenciar diretamente a rentabilidade de alguns investimentos de renda fixa, tais como:

  • Tesouro Selic que rende a própria Selic;

  • CDB's pós-fixados indexados à taxa CDI, que acompanha as oscilações da Selic e, inclusive, costuma ter o seu valor muito próximo dela;

  • Fundos DI, também lastreados no CDI;

  • Dentre outros.

Por fim, quando a Selic sobe os juros cobrados nos empréstimos, financiamentos e cartões de crédito ficam mais altos. Isso desestimula o consumo e incentiva a queda da inflação. Pelo lado dos investimentos, a rentabilidade de alguns investimentos de renda fixa aumenta.


Quando a Selic cai, pegar dinheiro emprestado fica mais barato porque os juros dessas operações ficam menores. Isso estimula o consumo. Por outro lado, o ganho de alguns investimentos de renda fixa cai.


E aí, você já acompanhava a Selic? Ainda não? Então, a partir de agora você vai começar a acompanhar, né! Porque a Selic não é coisa só de economista, é de todos nós!


Um forte abraço para você e até o próximo artigo! :+)

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